“Quando os “ratos” forem presos ou afastados, serei o primeiro a me apresentar à prisão”.
A frase acima é de Hosmany Ramos, 63 anos, ex-cirurgião plástico que cumpre pena por homicídio, roubo de jóias, trafico de drogas e contrabando. Hosmany, um marginal, não suportou a marginalidade latente dentro sistema penitenciário e aproveitando o indulto de natal, fugiu desesperadamente da corrupção e da repressão exacerbada no presidio. Ele afirmou à imprensa que voltaria espontaneamente quando os “ratos” estiverem presos ou afastados.
A palavra “Rato” além da designação comum aos mamíferos roedores é também muito utilizada para apelidar aquele que é “esperto”, que gosta de levar vantagem em tudo, aquele que ardilosamente furta algo de alguém, o explorador, ou seja, a palavra designa um corrupto, um bandido, um
ladrão mesmo.
Em entrevista a rádio Jovem-Pan, Hosmany declarou ainda que o sistema penitenciário além de corrupto é repressor e que há interesse do estado em “manter” os reclusos como bandidos tornando-os indivíduos ainda mais perigosos à sociedade.
Seria bom se esses “ratos” estivessem presentes apenas no setor penitenciário. O problema é que, organizados, eles estão infiltrados em todos setores públicos do país. Pelo jeito, somente uma campanha do tipo "Indulto de natal para o povo já", é que poderia nos livrar de tal problema.
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