"Trágica é a existência daquele que morre sem haver conhecido o motivo de sua vida!”
Tratado da psicologia revolucionária - Samael Aun Weor

15 de jul. de 2010

O MAIOR SEQUESTRO DE TODOS

O Aurélio traduz a palavra sequestro, como o crime de reter ilegalmente alguém, principalmente, quando há interesse em resgate. É fato, que se não houvesse um corpo fisico, material, tangível isso, impossibilitaria a ação cruel do sequestro que é portanto, o roubo da materialidade. Entretanto, há um outro tipo de sequestro, que a maioria das pessoas nem imaginam a possibilidade de sua existência e muito menos que está em plena atividade.

O SEQUESTRO MAIOR, se resume ao sequestro da ALMA (subconsciente), se resume ao sequestro da subjetividade humana (valores, principios e símbolos), se resume ao sequestro da personalidade (eu não sou eu). Claro que parece conto de fadas mas, é fato! E trata-se de uma ação que vai além da materialidade da vida e do nosso campo de visualização. A frieza e a ação dos mentores do SEQUESTRO da SUBJETIVIDADE, constituí, a operação "humana" mais OUSADA de todos os tempos e, sua MAGNITUDE, remete os LÍDERES MONSTRUOSOS do passado a um estado de PUREZA ESPIRITUAL inquestionável.

O mundo não é como a gente o vê
Apesar, da aparente insanidade que representa a afirmativa, à cada dia estou mais convencido de que os olhos com os quais observamos o mundo, não nos pertence! A invasão suave, aparentemente tranquila e sem violência, do território sagrado, privativo e que somente UMA ALMA tem o DIREITO de estar alí, constitui a INVASÃO mais BRUTAL e IMPIEDOSA de todas. O ambiente PRIVATIVO que invadem, para tirar dalí valiosos TESOUROS, nos DESPRENDEM de nós mesmos e nos remete uma vida ESTRANHA, VAZIA, SEM FORMA, onde prevalesce a subserviência, a escravidão e a dependência. Nâo há palavras ou expressão verbal adequada que possam descrever de forma efetiva a DIMENSÃO do PREJUÍZO que causam. É o roubo dos roubos! O SEQUESTRO MAIOR!

Curiosamente, nem sempre uma VERDADE colocada de forma racional, imparcial e direta, causam o impacto esperado nas pessoas. Então, vou apelar um pouco para lado emocional, finalizando o assunto com o poema TABACARIA de Fernando Pessoa:

"Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz,
O dominó* que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era,
E não desmenti, e perdi-me.

Quando quis tirar a máscara,
Estava pregada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado,
já não sabia vestir o dominó
que não tinha tirado.
Deitei a máscara e dormi no vestiário,
Como um cão tolerado pela gerência,
Por ser inofensivo.

Eu vou escrever esta história para provar,
Que sou sublime."




* Túnica com capuz e mangas, para disfarce de mascarados no carnaval.

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