A imperatriz Catarina, a Grande, tratava os servos pior do que seus animais. Messalina, a devassa, avarenta, tirana e assassina, virou sinônimo de todos os vícios e defeitos femininos no decorrer dos séculos. A prostituta Aileen Carol Wuornos, considerada a primeira serial-killer dos Estados Unidos, teve uma trajetória de crimes tão cruéis que virou filme ano passado, Monster - Desejo assassino, estrelado pela bela oscarizável Charlize Theron. Estas e mais outras 12 criminosas que, em algum momento, mancharam as páginas da humanidade, estão no livro As mulheres mais perversas da história, escrito pela britânica Shelley Klein e lançado agora no Brasil pela Editora Planeta.
Trata-se de um livro lançado juntamente com Os ditadores mais perversos, de Shelley Klein, onde constam - obviamente - homens como Adolf Hitler, Sadam Hussein, Herodes, Gêngis Khan, Nicolae Ceausescu e Anastasio Somoza. Em julho, a Planeta também lançou Os mais perversos da história, de Miranda Twiss. Mas é As mulheres mais perversas da história que chama a atenção do leitor. Não só pela sua capa pink, o título e as imagens de algumas das mais terríveis criminosas que conhecemos, mas principalmente por se tratar de barbaridades cometidas pelo chamado sexo frágil.
Na introdução do livro, Shelley Klein justifica a curiosidade que um livro como esse cria entre os leitores: "Quando uma mulher se desvia desse caminho e comete o tipo de crime pelo qual os homens costumam ser responsabilizados, ela não é difamada só pelo ato em si, mas também pelo fato de ser mulher. ‘Como pôde ter feito uma coisa tão horrível?’, perguntam as pessoas, mas, na verdade, querem dizer: ‘Como uma mulher pôde ter feito uma coisa tão horrível?’ Claro que é antinatural. É claro que ela deve ser um monstro".
De monstruosidade o livro está cheio. Impossível ler as 278 páginas sem ter um misto de indignação, repulsa, raiva e uma série de questionamentos, entre os quais o porquê de essas mulheres cometerem crimes tão perversos, alguns contra os próprios filhos, pais e irmãos, além de estupros, torturas, envenenamento e maus-tratos a crianças.
Coincidência ou não, todas as histórias têm o envolvimento direto ou indireto de um homem. Sejam eles comparsas nos crimes, influenciadores, culpados pelo passado delas ou simplesmente por acobertarem tamanha crueldade. A escritora garante que isso não as absolve, mas...
Se ler histórias como essa não é fácil para o leitor, imagina escrever. Mas Shelley Klein garante que não foi pior do que escrever sobre os ditadores mais perversos.
"Não foi mais fácil escrever os ditadores apesar de ser menos doloroso, já que os crimes foram em larga escala que as tragédias pessoais não tão famosas nas nossas mentes".
Fonte:
Redação O Estado do Paraná
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